Cada tipo de hotel será qualificado conforme a natureza.
Para garantir que os hóspedes não sejam enganados, hotéis, pousadas, resorts e flats ganharão uma nova forma de classificação dos serviços.
O advogado e prefeito de Colina, no Rio Grande do Sul, Gilberto Keller sempre viajou muito. Atualmente, como prefeito, viaja ainda mais e já se cansou de ter problemas com hotéis.
"A qualidade muitas vezes é inferior e se vende a idéia de um hotel de primeira categoria. Então, você passa por maus lençóis", afirmou Keller.
Isso acontece porque a classificação oficial por estrelas feita no início dos anos 90 caiu em descrédito e, há cinco anos, não há fiscalização. Alguns hotéis mantiveram o status, sem manter a qualidade dos serviços.
"Hoje existe uma verdadeira confusão, pois nós temos um sistema de classificação que já não condiz com a realidade. Com a dinâmica do turismo, nós temos vários tipos de hotelaria que não são moldes tradicionais", informou diretor do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch.
Antiga classificação
A antiga classificação exigia, por exemplo, que nos restaurantes dos hotéis quatro e cinco estrelas, as toalhas de mesa e os guardanapos fossem de tecido. Os copos, no caso dos cinco estrelas, só tipo cristal e os pratos, apenas os de porcelana.
Isso agora vai mudar. Até maio o governo discute com o setor um novo modelo de classificação, exigido pela Fifa e pelo Comitê Olímpico Internacional já que o Brasil vai sediar a 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Em vez de um só critério, como era, serão oito, chamados de matrizes. Cada tipo de hotel será classificado conforme a natureza: resorts, pousadas, hotéis urbanos, flats, hotéis-fazenda, hotéis de selva, hotéis-históricos e "cama e café".
A prioridade será a qualidade dos serviços prestados.
"Fazendo, com isso, que eventuais dissabores não aconteçam, ainda mais em uma viagem de turismo quando a expectativa é de passar um tempo agradável e ter uma boa lembrança da sua estada", disse Moesch.
A nova classificação, de uma a cinco estrelas, deverá vigorar no segundo semestre. Não será obrigatória, mas quem adotá-la terá facilidades para conseguir financiamento do governo. Empresários do setor não demonstraram entusiasmo com a iniciativa.
"Eu diria que é dispensável, entretanto, o governo entendeu que é possível criar uma matriz alternativa e nós da iniciativa privada entendemos que é possível conviver com ela também desde que ela não seja obrigatória", observou o vice-presidente da Federação Nacional dos Hotéis, Bares e Similares, Alexandre Sampaio. (retirado do site globo.com)
Que todas essas mudanças possam vir melhorar o sistema hoteleiro.
ResponderExcluir