sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Setor hoteleiro vai ganhar nova forma de classificação dos serviços

Classificação oficial por estrelas do início dos anos 90 caiu em descrédito.
Cada tipo de hotel será qualificado conforme a natureza.


Para garantir que os hóspedes não sejam enganados, hotéis, pousadas, resorts e flats ganharão uma nova forma de classificação dos serviços.

O advogado e prefeito de Colina, no Rio Grande do Sul, Gilberto Keller sempre viajou muito. Atualmente, como prefeito, viaja ainda mais e já se cansou de ter problemas com hotéis.

"A qualidade muitas vezes é inferior e se vende a idéia de um hotel de primeira categoria. Então, você passa por maus lençóis", afirmou Keller.

Isso acontece porque a classificação oficial por estrelas feita no início dos anos 90 caiu em descrédito e, há cinco anos, não há fiscalização. Alguns hotéis mantiveram o status, sem manter a qualidade dos serviços.

"Hoje existe uma verdadeira confusão, pois nós temos um sistema de classificação que já não condiz com a realidade. Com a dinâmica do turismo, nós temos vários tipos de hotelaria que não são moldes tradicionais", informou diretor do Ministério do Turismo, Ricardo Moesch.

Antiga classificação


A antiga classificação exigia, por exemplo, que nos restaurantes dos hotéis quatro e cinco estrelas, as toalhas de mesa e os guardanapos fossem de tecido. Os copos, no caso dos cinco estrelas, só tipo cristal e os pratos, apenas os de porcelana.

Isso agora vai mudar. Até maio o governo discute com o setor um novo modelo de classificação, exigido pela Fifa e pelo Comitê Olímpico Internacional já que o Brasil vai sediar a 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Em vez de um só critério, como era, serão oito, chamados de matrizes. Cada tipo de hotel será classificado conforme a natureza: resorts, pousadas, hotéis urbanos, flats, hotéis-fazenda, hotéis de selva, hotéis-históricos e "cama e café".
A prioridade será a qualidade dos serviços prestados.


"Fazendo, com isso, que eventuais dissabores não aconteçam, ainda mais em uma viagem de turismo quando a expectativa é de passar um tempo agradável e ter uma boa lembrança da sua estada", disse Moesch.

A nova classificação, de uma a cinco estrelas, deverá vigorar no segundo semestre. Não será obrigatória, mas quem adotá-la terá facilidades para conseguir financiamento do governo. Empresários do setor não demonstraram entusiasmo com a iniciativa.

"Eu diria que é dispensável, entretanto, o governo entendeu que é possível criar uma matriz alternativa e nós da iniciativa privada entendemos que é possível conviver com ela também desde que ela não seja obrigatória", observou o vice-presidente da Federação Nacional dos Hotéis, Bares e Similares, Alexandre Sampaio. (retirado do site globo.com)

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